Autárquicas 2021 (2)

Vencedores:

  • Leiria: PS repete façanha com Gonçalo Lopes e elege oito vereadores.
  • Marinha Grande: +MPM ganha Câmara, Assembleia Municipal e Junta da Marinha Grande. Aurélio Ferreira é o novo presidente.
  • Batalha: Raul Castro presidente da Câmara da Batalha com maioria absoluta. O Movimento Independente Batalha é de Todos é o vencedor.
  • Pombal: Pedro Pimpão (PSD) vence com mais de metade dos votos expressos.
  • Jorge Vala (PSD) reeleito para a presidência da Câmara de Porto de Mós por 55,87%.
  • Caldas da Rainha: Vítor Marques, que durante dois mandatos foi eleito para a Junta de Freguesia nas listas do PSD, apresentou-se como independente, através do movimento Vamos Mudar, e ganhou em todas as frentes.
  • A coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/VP), encabeçada por José Manuel Silva, venceu este domingo a presidência da Câmara de Coimbra, com maioria absoluta.
  • O empate técnico dado pelas projeções para Lisboa à boca das urnas só se desfez faltavam poucos minutos para as 02h00 da manhã. Carlos Moedas, candidato da coligação Novos Tempos (PSD/CDS/Aliança/MPT/PPM), venceu a Câmara Municipal de Lisboa. Carlos Moedas é o novo presidente da Câmara.
  • Anabela Freitas (PS) reeleita em Tomar.
  • Santana Lopes vence na Figueira da Foz.
  • Isaltino Morais foi reeleito em Oeiras com 50,86% dos votos.
  • Foi este domingo confirmado o regresso de Fernando Ruas (PSD) à Câmara de Viseu.
  • Rui Moreira foi reeleito presidente da Câmara do Porto, mas perdeu a maioria absoluta.
  • O PS ganhou. Teve o maior número de câmaras (152), de votos (1855771) e de mandatos (912). Ganhou mas perdeu… Em 2017 o PS teve 1956618 votos e 952 mandatos.
  • O Chega elegeu vereadores em pelo menos 18 municípios (Sintra, Cascais, Odivelas, Vila Verde, Mangualde, Entroncamento, Azambuja, Santarém, Benavente, Salvaterra de Magos, Vila Franca de Xira, Seixal, Sesimbra, Moita, Serpa, Moura, Portimão e Loulé) e obteve 159 mandatos em Assembleias Municipais. Ventura deputado municipal em Moura.
  • Após ter atingido os 47,4% em 2013, a taxa de abstenção das eleições autárquicas caiu para 45% em 2017. Antes disso, tinha existido uma redução da abstenção nas presidenciais de 2013 (53,5%) para 2016 (51,3%), mas já foi revertida nestas eleições para 60,8%

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Citações:

«Notas breves sobre as autárquicas

Os vencedores:

Moedas venceu e surpreendeu tudo e todos. Do fim de carreira ao início de uma caminhada para a liderança do PSD ?

Pedro Santana Lopes, o homem dos regressos conquistou a Figueira e podia tê-lo feito pelo PSD.

O comunista João Ferreira conseguiu ficar muito acima da média nacional do PCP que foi uma catástrofe.

Os derrotados:

O candidato a Moura pelo partido de extrema-direita ficou muito aquém daquilo que se havia proposto. Todavia conseguiu fazer eleger um número não discipiendo de candidatos. Um fenómeno a seguir com atenção.

Suzana Garcia a candidata à Amadora levou um banho de realidade.

O BE terá sido o maior derrotado da noite eleitoral .

Moral da história: notoriedade ou visibilidade mediática não é sinónimo de vitória ou de aceitação no “país real”, o Twitter é uma bolha ilusória ( isto serve sobretudo para o BE e para jornalistas que insistem em dar a “fenómenos” do Twitter importância que não têm, nas autárquicas o que conta é o buraco na rua ou candeeiro fundido, ou o lixo que é ou não recolhido, os eleitores estão-se nas tintas para retweets ou favs).»

Helena Ferro de Gouveia (1)

«Eleições Autárquicas. Abstenção semelhante à de há 4 anos atrás. Ou a mais alta de sempre?

António Costa falava de festa da democracia. O facto é que metade dos festeiros não quis saber da festa. E por que será?

Muita reflexão a fazer e muita conduta a alterar, creio.»

Ricardo Vieira (2)

«No dia seguinte:

PS: O desfile triunfal foi travado por semáforos em demasiados cruzamentos. O alerta está aí, claro e indiscutível. A bazuca não foi atractiva e a forma como a vão utilizar pode determinar tudo.

PSD: Não ganha, mas é o grande vencedor.

CDU: Até quando? Ou faz rapidamente uma reavaliação, ouvindo os críticos internos, ou o caminho é sem retorno.

CDS: Aos ombros do meu tio, vejo o horizonte.

BE: Catarina Martins parece sofrer do síndrome de Munchausen por procuração. Inflige críticas e ataques, para poder manter-se como a cuidadora. Entretanto, alheou-se da realidade e dos cidadãos, numa actuação sempre encenada.

CH: A maioria silenciosa, que não se manifesta, que não avalia propostas, que não está para se maçar a informar-se, que alinha pelos soundbytes sem aprofundar (prometem mudar x para y, mas como, concretizem?), votou e impôs a sua vontade. O problema é que isto é um balão e pode tender para qualquer um dos lados: encher ainda mais ou rebentar a qualquer instante.

Localmente:

Évora ingovernável. CDU segura a Câmara como o Sporting ganha o jogo com um penalty do Porro aos 98 minutos. PSD é o grande vencedor e só não foi mais longe porque nunca pensou que isso fosse possível.

Em Moura vence modestamente a #GenteQueFechaBibliotecas e o CH elegeu uma vereadora e 6 membros para a Assembleia Municipal. Adivinham-se 4 anos de estagnação, com a desculpa da falta de condições de governabilidade. Mesmo em último lugar, é ao partido do cretino que temos que atribuir a vitória (e que amarga que ela é!). Faltou “um bocadinho assim” à CDU e PSD desaparece do panorama eleitoral concelhio. PS, CDU e PSD têm muito para reflectir, mas será que o farão?»

Zélia Parreira (3)

«Dois pontos sobre os resultados da extrema-direita nestas autárquicas.

1. Vale bastante menos do que a própria extrema-direita e a Comunicação Social que a traz ao colo têm vindo a querer impingir ao país.

Nesse sentido, e uma vez que dos jornais e televisões não se espera senão o reforço desse apoio, o PSD em especial mas também a IL e o PS podem encontrar (entre eles, quiçá) formas de lidar o problema sem medo.

2. Mas vale mais do que devia. E em sítios que merecem atenção e cuidado nas leituras. Não cacemos gambozinos nas transferências de voto porque é um equívoco. Cacemo-los antes na mudança do perfil do descontentamento, em primeiro lugar, e no desnorte do centro-direita, cuja fragmentação em coligações para todos os gostos ideológicos abriu a porta ao simplismo populista.

E a avaliar pela big picture há um pormenor desse perfil que não mudou: a geografia. O crescimento do Chega no distrito de Setúbal, Alentejo e Algarve é a doença venérea do sistema.»

Paulo Querido (4)

«Portanto dos 12 comentadores na RTP, SIC e TVI…apenas 5 de esquerda.. .em nenhuma televisão a esquerda tem maioria no numero de comentadores. (e nem estou a contar com os jornalistas escolhidos)

Já agora, existe ZERO COMENTADORES do 3º partido mais votado nas eleições de há 4 anos (CDU)

Lembro que 2,9 MILHÕES de portugueses votaram na esquerda, contra apenas 1,8 que votaram na direita…no entanto a nossa comunicação social não quer representatividade democrática e sim criar a narrativa que acham mais adequada aos seus interesses.

RTP

Pedro Norton – DIREITA

Pedro Adão e Silva – ESQUERDA

João Soares – ESQUERDA

Miguel Poiares Maduro – DIREITA

SIC

Luís Marques Mendes – DIREITA

José Miguel Júdice – DIREITA

Francisco Louçã – ESQUERDA

TVI

Sérgio Sousa Pinto – ESQUERDA

Manuela Ferreira Leite – DIREITA

Miguel Sousa Tavares DIREITA

Filipe Santos Costa – ESQUERDA

e Sebastião Bugalho – DIREITA»

Eduardo Maltez da Silva (5)

«Realmente, andar mais de duas semanas a anunciar milhões para, chegada a grande noite, acabar a engolir Moedas e a digerir uma boa vintena de Câmaras perdidas deve ser mesmo chato. Perder como o Costa perdeu para um partido em frangalhos não é para todos, apenas está ao alcance de quem abusa como o Costa tem abusado. Pode ser que o Costa ganhe juízo e perceba que a paciência dos portugueses tem os seus limites e que os outros não estão lá só para lhe enfeitar o mar de rosas. Governar à esquerda não pode ser apenas verbo de encher. As pessoas têm vidas para viver, cansam-se. Seria proveitoso para todos se Costa tivesse a humildade de tomar muito boa nota da lição que a democracia lhe deu esta noite.»

Filipe Tourais (6)

(1) No Facebook em 27/09/2021.

(2) No Facebook em 26/09/2021.

(3) No Facebook em 27/09/2021.

(4) No Facebook em 26/09/2021.

(5) No Facebook em 26/09/2021.

(6) No Facebook em 27/09/2021

Última Actualização: 29/09/2021