Ideias soltas: assuntos a desenvolver um dia destes

Porto, 11 / 03 / 2021 – Reportagem sobre o mercado de arrendamento no Porto. Conversa com Fernanda Carvalho que tem uma reforma pequena e não consegue arranjar casa decente devido às rendas altas. (Artur Machado / Global Imagens)
  • Os cigarros eletrónicos não fazem menos mal à saúde que os cigarros normais. Fumar cigarros electrónicos não é um hábito inofensivo, necessário ou eticamente elevado. Eu não gosto de qualquer tipo de tabaco, e aplaudo todas as leis que restringem o seu consumo.
  • As crianças e jovens estão mais gordos. Para além de beberem mais refrigerantes e comerem mais comida processada, falta-lhes não poderem brincar ao ar livre. Os pais ou avós (ou amigos, ou educadores) não deixam, pois podem ficar sujos ou magoar-se. Não ter essa liberdade (que eu apesar de tudo tive na infância) faz mal, física e psicologicamente.
  • Os preços das casas – tanto para arrendar como para comprar – de Lisboa e do resto do país deviam ser assunto criminal. Mas não são: afinal, o governo está refém de lóbis! Como diz, e bem, Eduardo Maltez Silva: «A mão invisível dos mercados decidiu que as casas de Lisboa ficassem mais caras do que as de Madrid, Barcelona ou Milão… Já podemos pôr o governo a intervir ou isso é anti-liberal?».
  • Nenhum funcionário público se deve abster de prestar um serviço baseado no argumento “a minhas religião proíbe”. Felizmente o nosso estado é laico.
  • Todos os trabalhadores – públicos e privados – devem ser escrutinados e isso inclui polícias, professores, médicos, etc. Mas tudo tem de ter um limite. Normalmente sucede que: arranja-se um pretexto fútil para punir (ou despedir) alguém OU há pessoas extremamente incompetentes que não são punidas (e às vezes até são promovidas).
  • Não considero que a pobreza seja em si mesmo uma doença. Mas a pobreza causa, sem dúvida, doenças físicas e mentais. É inevitável. A escassez de paz de espírito acaba por criar um cérebro que é biológica e quimicamente diferente, um cérebro mais propenso a cometer erros nas escolhas.
  • A CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, deve ser co-responsabilizada pela gestão que fez. Isso não impede – lá está, a co-responsabilização – que Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, João Leão & outros sejam igualmente co-responsabilizados. Porque ser CEO de algo é ser responsável!