(Aviso: O título é da minha responsabilidade.)
«Acabo de ouvi-lo ma rádio pública e, antes que os números se me varram da memória, aqui os deixo. Em 1974, mais de 60% da população não tinha água em casa e mais de 82% não tinha nem saneamento básico nem fossa. E, se então as condições em que se vivia no interior eram más, com muita gente a residir num piso de cima com animais no piso de baixo, os que se mudavam para os grandes centros como Lisboa ou Setúbal sujeitavam-se a condições ainda piores. A maioria ia viver para barracos clandestinos, também sem água, saneamento básico ou electricidade, auto-construções semeadas ao acaso em bairros de lata localizados em terrenos ocupados por milhares de pessoas com os seus palácios, áreas entretanto reabilitadas. Tenho uma excelente notícia para todos os que dizem ter saudades do Salazar. Ainda há por esse país fora casas com as condições atrás descritas. Está mais do que na hora de matarem de vez essas saudades. Mudem-se para lá e coloquem uma fotografia XL da vossa referência na parede da sala ao lado de uma estatueta da Nossa Senhora de Fátima. Se procurarem bem, ainda se encontram casinhas com esta tipologia, bonitas como só elas e muito em conta. É aproveitar antes que esgotem. Boa semana a todos.»
Filipe Tourais (1)
(1) No Facebook em 29/01/2024.
Insustentável Leveza 2 