Retrato de Grupos com Diana Almeida

(Este texto fala das personagens da série juvenil portuguesa Morangos com Açúcar, temporada 5 (MCA5). Dadas as especificidades desta série não me centrarei em nenhuma personagem, embora Diana Almeida (Sara Barradas) acabe por ter um papel central, de quase protagonista. Como sempre, o tema geral é a sociedade e a televisão e o tema específico são a série 5, tanto as aulas como o Verão, de Morangos com Açúcar, transmitidas originalmente na TVI entre 2007 e 2008. Esta série tem uma particularidade: a maioria das personagens são interessantes e complexas.

Este texto, tal como todos os textos deste blogue, poderá eventualmente ter spoilers.)

1.

(Protagonistas ou Não)

Todas as temporadas há grupos que se formam, muitos deles fechados e em constante luta com outros grupos. Todas as temporadas há pessoas que passam de grupo para grupo e outras que nunca saem do mesmo grupo.

A grande novidade de MCA5 foi tornar Um Grupo o Protagonista: ao contrário das séries anteriores, os Morangos com Açúcar V não tiveram um casalinho de protagonistas, mas antes um grupo de cinco amigos constituídos por Luís Ferreira (Ângelo Rodrigues), Mariana Silveira (Célia Marisa Perez), Diogo Furtado (Diogo Costa Reis), Raquel Gameiro (Júlia Belard) e Vera Dias (Vanessa Martins). Todos estudam numa escola pública de Lisboa, com as suas deficiências e problemas. São um grupo de gente bom comportada e estudiosa. Mas raramente deixam entrar alguém no grupo. Todos têm baixa autoestima. De todos, quem tem mais autoestima é Diogo e menos Raquel e Vera.

Diogo, o mais rico, é filho de médicos que vivem para o trabalho. Por isso lhe dão muitos bens materiais. É filho único. Diogo faz alguns disparates ao longo da série, mas nada de especial.

A seguir vem Mariana, filha de um bancário e de uma empregada de loja. São pessoas muito preocupadas com as aparências. Acácio (João Didelet) é um pai controlador, na linha de Júlio (António Melo), embora Acácio permita muita coisa que Júlio proibia. Para além disso é presidente da Associação de Pais da escola. Mariana tem um irmão, Salvador (Gonçalo de Sá). Mariana é namoradeira, mas os seus namorados acabam sempre por ter de ir viajar por algum motivo. Depois de fazer 18 anos parece que deixa de raciocinar, pensando ser invencível. Nessa a altura comete vários erros, sendo que o maior é ter um caso com Aldo Ferreira (interpretado por Jorge Henriques). Mas depois descobre quem ele é e amadurece.

Raquel Gameiro é filha do director da escola Manuel Gameiro, viúvo, que é também docente de Educação Física e treina a equipa de andebol, o seu projecto mais querido. Raquel também é filha única. Sofre de problemas de peso e colesterol. Durante muito tempo namora com Tomás (Duarte Gomes) mas afasta-se quando vê como ele é realmente.

Luís Ferreira é filho de Marília (Maria João Abreu), uma das contínuas da escola, viúva e mãe superprotectora. É também filho único. Durante muito tempo namora com a canadiana Jennifer (Sara Barros Leitão) mas afasta-se quando vê como ela é realmente.

Vera Dias é filha de Olga (Cristina Cunha) e irmã de Nuno (Sisley Dias) e Carlos (Luís Simões). É a mais pobre de todos. Inicialmente não quer namorar ninguém porque tem trauma por causa do que aconteceu à mãe. Frequenta um psicólogo. Depois dá uma hipótese a Gabriel Borga (Filipe Noronha) e depois namora com Bruno (Rui Porto Nunes). Não tem sorte com os homens que escolhe.

2.

(Bullying, Gravidez e Amadurecimento)

Diana Almeida era a vilã da história, mas tornou-se a protagonista. Diana é namorada de Nuno, embora por vezes o traia. Os pais dela são ricos, mas não há verdadeira ligação afectiva. Faz só o que lhe apetece, até que a meio do ano descobre que está grávida. Aí a vida muda, mas não muito.

Diana, Nuno, Carlos e Bruno praticam bullying com a escola inteira. E a meio do ano junta-se-lhes Sónia Lobo (Diana Nicolau).

Os rapazes também se envolvem em brigas com um grupo rival, que também faz bullying – constituído por Sandro (João Paulo Sousa), Paulo (Pedro Frey Ramos) e Nelson (David Aparício). Quase uma guerra. Estes dois grupos fazem da vida dos outros um inferno. Envolvem-se em disputas inúteis (algumas mesmo dignas de queixa-crime), fumam charros e arranjam confusões com quase todos. São quase incapazes de conviver socialmente sem violência, fazem tudo menos estudar e têm uma visão do mundo “eu versus mundo”.

É Diana quem primeiro conhece Zeca (a quem eles chamam “Camões”, interpretado por Orlando Costa), um sem-abrigo que a ajuda e lhe dá conselhos. Com o tempo Nuno, Carlos, Bruno e até Sónia beneficiam desse convívio. Têm aquilo que faltou a Filipa Sousa no MC4. Mas para eles os bons conselhos de Zeca, de Olga e de outros são sempre uma opção secundária: a opção principal é sempre divertir-se à custa dos outros.

Claro que Diana e Nuno são obrigados a amadurecer depressa por causa da gravidez. Apesar disso mantém um pouco da antiga forma de viver.  Mas os outros não. E Carlos, o irmão mais novo de Vera parece que nunca vai amadurecer.

Todo o bullying é mau, seja feito por ricos, pobres ou “classe média”. E Olga educou da mesma maneira os três filhos e procura puni-los sempre que sabe que fizeram asneira. Por isso Nuno e Carlos escondem o mais que podem os seus asneiras propositadas.

Vejo hoje na rua tantos candidatos a Nuno, Carlos e Bruno que me assusto. Rapazes que querem estar sempre “por cima” e que fazem asneiras propositadas. Nada tenho contra a abordagem humanizada àqueles que fazem bullying, feita nesta série. Pelo contrário parece-me o ponto de vista correcto.

3.

(Professores e Não Só)

Henrique Lopes (interpretado por Nuno Távora) faz lembrar Augusto Ravina (MCA4) e Rogério Sapinho (MCA1 e MCA2). É um vilão, mas muito humanizado. Apesar de ser uma pessoa extremamente maçadora sabe-se divertir. Gosta de criar regras que não cumpre. Mas vai ter uma relação (amizade colorida?) com Isaura (Susana Arrais), a única pessoa que gosta dele apesar de tudo. Outro que lhe dá crédito é Eugénio (Vítor Machado).

Isaura (Susana Arrais) chega a meio do ano lectivo. Divorciada, tem um passado complicado. É muito autoritária no início, mas a pouco e pouco vai mostrando o quanto é doce e carente.

Manuel Gameiro, o director da escola, farta-se de passar maus bocados por causa das confusões dos alunos e, às vezes, pelas dos professores. Tem um amor desmedido à equipa de andebol, que também só lhe traz problemas. Apesar de tudo é raro desistir de ou expulsar alguém.  Acaba por se apaixonar e namorar com a contínua Marília, mãe de Luís. Ambos são os personagens mais interessantes da série. Só é pena que apenas Uma contínua tenha protagonismo!

Susana Ramalho (Joana Brandão) é uma tímida e frágil professora estagiária. Envolve-se com Teles (Ricardo Carriço), sem saber que ele é casado. Mais tarde apaixona-se pelo professor Eugénio, mas não é correspondida. Vive entre a depressão, as aulas e a diversão. É uma lutadora admirável. Vai dividir a sua casa com Isaura e Luana.

Eugénio Magalhães é um professor de música e músico talentoso. Ajuda a criar a banda da série – as Just Girls – e apaixona-se por uma das raparigas, Xana (Helga Posser). Mas como professores e alunos não podem namorar, têm de se afastar. Contribui muito para a evolução de Henrique. E reencontra o seu pai, o sem-abrigo Zeca. Também é um lutador admirável.

Eva Lourenço (Lara Alves) é uma professora de Educação Física, que substitui Manuel Gameiro por ele estar cheio de trabalho. Também abre um atelier de dança que fará sucesso. É uma amiga de infância de Eugénio, apesar de eles interagirem pouco ao longo da série.

Luana Cabral (Sónia Cláudia Neves) não é professora, é uma angolana que acaba como empregada no Espaço 24, o espaço de diversão da série. É amiga de Gabriel, Bruno, Eugénio e Susana. Mais tarde vai viver com Susana e Isaura. É aventureira, gosta de se divertir, tem mau humor matinal e é muito directa. Uma boa pessoa.

4.

(Andebol, Cheerlanders, Atelier de Dança e Associação de Estudantes)

Todos estes locais de interacção sofrem do mesmo problema: Guerra de Egos.

Penso que quanto mais novas são as gerações maior a pressão que os pais e a sociedade exercem sobre eles. Por outro lado, são os próprios jovens, dentro do espirito “eu versus mundo” que também exercem pressão. Chega-se a um ponto em que não existe entreajuda e espirito de equipa. Aí todos perdem.

Na equipa de andebol federado disputas não faltam, mas destaca-se a disputa entre Luís Ferreira e Nuno Dias.

No grupo das cheerlanders e na associação de estudantes a disputa é sempre entre Sara (Joana Timbal) e Jennifer (Sara Barros Leitão). Elas fazem da vida de Bernardo Tavares (interpretado por Nuno Nolasco, o presidente da associação) e Pulga (Miguel Macedo, interpretado por David Mesquita, o coordenador das cheerlanders)  um inferno. Bernardo é também namorado de Sara durante MCA5.

No atelier de dança a disputa maior é entre Carminho Menezes (Filipa Santos) e Regina Góis (Rita Vilhena). Carminho faz mesmo tudo para tirar Regina do caminho e ser a melhor.

Ironicamente o único local onde não são mostradas disputas é na banda, as Just Girls. Uma girls band parece-me um bom local como outro qualquer para haver problemas. Ao contrário do que aconteceu em MC4 com os 4Taste, não há conflitos dentro do grupo.

5.

(Gabriel e Bruno)

Preocupante foi a evolução do personagem Gabriel (Filipe Noronha), que apareceu primeiro em MCA4 Verão. Nessa altura ele era o “desapegado” da série e lidou bem com as frustrações amorosas. Em MCA5 ele mal conhece Vera já lhe está a fazer declarações, a dizer que a ama. Podia dizer-lhe apenas “Quero-te conhecer melhor”, que era o adequado. Mas não! Gabriel com Vera torna-se tóxico. Namora com ela mas pouco tempo. Depois de algumas peripécias desiste de Vera e vai para a Austrália. Uma característica positiva que mantem sempre (MCA4 Verão e MCA5) é a extrema generosidade.

Bruno é tudo o que se descreveu atrás. Embora se apaixone por Vera e até namorem, não muda a postura. Cresceu numa instituição porque a mãe toxicodependente o abandonou. A meio do ano tudo acontece: tem de sair da instituição porque fez 18 anos, tem de arranjar alojamento e trabalho (o que só acontece graças a Gabriel), a sua mãe volta à sua vida e (por fim) começa a namorar Vera. Mesmo assim não gosto do seu comportamento, de uma maneira geral. E acho-o manipulador com Vera. A sorte dele é que Vera tem baixa autoestima, por isso rapidamente se convence com os seus elogios.

6.

(Salvador Silveira)

Uma das vítimas de bullying é Salvador. O irmão de Mariana. Ele passa por um processo complicado:

1º Sofre de bullying em silêncio;

2º Conta aos pais;

3º Tenta se integrar no grupo de Nuno, Carlos e Bruno (até muda a forma de vestir) e quer parecer mais velho do que é (tema já abordado superficialmente no MCA4 Verão);

4º Percebe que merece ser amado independentemente de grupos e que é melhor que aqueles que lhe fazem bullying.

No final, feitas as contas, Salvador continua um pré-adolescente a querer conquistar as raparigas. No entanto amadurece mais que Carlos, Sónia e Bruno.

7.

(Jennifer Brown)

Jennifer é canadiana e vem para Portugal em intercâmbio. Sara Carvalho, que a recebe em casa, é a primeira a não gostar dela. Namora e manipula Luís. Finge gostar de cães. Uma vilã. Mas é preciso chegar-se ao final das aulas para perceber-se que ela é uma péssima pessoa sem amigos. Por isso não quer voltar ao Canadá. Talvez a falta de caracter de Jennifer se deva à educação da mãe (participação de Guida Maria), uma pessoa narcisista que exige da filha o impossível. Sara Barros Leitão foi brilhante neste papel.

8.

(Tomás e Inês)

É difícil ser aceite pelo grupo dos protagonistas de MCA5. Aliás, é difícil ser aceite em qualquer grupo em MCA5!

Tomás gosta de ter fama de mulherengo e amizades coloridas. Mas apaixona-se por Raquel. Por causa do seu historial os outros só muito depois dele começar a namorar com Raquel o aceitam. Na minha opinião é compatível ter namorada e apreciar a beleza de outras raparigas. O que não é compatível é ter namorada e traí-la para provar a si mesmo que é desejável. E é isso que Tomás faz várias vezes. Eles têm uma relação estranha: quando não estão a namorar estão tristes; quando estão a namorar são insuportáveis um com o outro.

Inês Sampaio (Cristina Milhão) é prima de Mariana e os pais de Mariana são seus padrinhos. Inicialmente vive com uma avó mas ela morre. Mariana não simpatiza com ela no início, mas depois começa a tratá-la como uma irmã. Depois Inês começa a namorar Diogo. Por tudo isso é facilmente aceite no grupo protagonista. Para além disso, é bem-comportada. Quase no final do ano lectivo acaba o namoro com Diogo e há uma hipótese de relação com Nuno. Mas essa hipótese não se concretiza. Embora já não namorando Diogo, torna-se um membro “honorário” do grupo de protagonistas. Muitas vezes Inês acaba por ser uma figurante de luxo na acção.

9.

(Pulga (ou Miguel Macedo) e João Pedro Macedo)

Estes dois irmãos apareceram a primeira vez em MCA4 Verão. O pai deles desaparece no final do Verão e nunca mais aparece, o que é muito estanho. São também vítimas de bullying no inicio da série.

Pulga coordena as cheerlanders, o que lhe dá muitas dores de cabeça. Ao mesmo tempo vai-se descobrir homossexual. Ainda por cima apaixona-se por Bernardo Tavares, o presidente da associação de estudantes e namorado da sua melhor amiga Sara. Não é correspondido mas tudo acaba bem.

João Pedro (João Pedro Silva) continua viciado em jogos e computadores, como em MCA4 Verão. Mas arranja uma namorada, que lhe traz novos problemas. O namoro dura pouco e ele acaba por ficar só. Então ganha uma nova função: ser um grande consolo para a professora Isaura.

Pulga, João Pedro e Bernardo acabam por ser figurantes de luxo de MCA5, porque são importantes na medida em que dão espaço aos outros personagens para brilhar. Mas há pouco drama à volta deles.

10.

(O Verão, a Misoginia, a Troupe e o Bar)

A MCA5 Verão traz tudo isto: muita misoginia, uma troupe e um bar. E ainda uma discoteca!

Existe misoginia dentro e fora da troupe. Mas existem sobretudo dois homens tremendamente incomodados por uma troupe existir e ter acampado na sua aldeia: Jaime Santos (Adriano Carvalho) e Cristóvão Santos (Nuno Brandão), pai e filho.

Jaime sonha ser presidente da Junta (ou da câmara). Aparentemente a troupe é um obstáculo para isso, não se percebe porquê. Para os mandar de lá para fora conta com a cumplicidade do filho. Também quer a todo o custo que Cristóvão namore Aurora (Inês Aleluia).

Cristóvão é mulherengo mas tem um sonho, que se torna numa obsessão: ser namorado e tirar a virgindade a Aurora. Quer exibi-la como um troféu! Ao pé dele, o Gabriel-versão-tóxica é quase inofensivo. Ele apenas gosta de duas pessoas: do pai e do amigo Dinis Soares (Pedro Jervis). De resto detesta toda a gente, embora disfarce bem. Dinis é sempre cúmplice das maldades de Cristóvão.

Aurora é a “bela de serviço” à espera do “príncipe encantado”. A mãe de Aurora saiu de casa, zangada com o pai José Miguel Mendonça (Vítor Norte). Ela divide-se entre ligar à mãe, agradar ao pai e zangar-se com ele. Não me parece que ele esteja interessado em respeitar as escolhas da filha. Já ela tem duas ideias imbecis: ser amiga de Cristóvão e namorar Mário Moreira (Pedro Barroso). José Miguel e Jaime têm o mesmo sonho: que os filhos namorem.

A troupe é chefiada por Joaquim Moreira (João Ricardo) e Cidália Moreira (Rita Loureiro). Decidiram vir à aldeia por algum motivo. Mário e Rosa (Nídia Lopes) são seus filhos. Rosa é a “bela da troupe”. Quer ser independente mas é controlada pelo pai. Mário faz de “príncipe encantado”, apesar de ser machista.

O bar é gerido por Bruna (Débora Monteiro), uma verdadeira lutadora: passa o Verão a aturar o irmão Dinis sempre preguiçoso, as mentiras de Jennifer Brown, as mentiras do namorado Aldo Ferreira e as chantagens de Jaime (para não manter relações com a troupe). A única coisa boa que Aldo traz é um concerto das Just Girls.

11.

(Silk, o Bandido)

Depois de se meterem em mil confusões durante as aulas, eis que, no inicio do Verão, um grupo – Carlos, Bruno, Sandro e Paulo – se envolve num atropelamento com motas roubadas. O atropelado é o professor Henrique Lopes que fica em coma por algum tempo. Depois ele melhora. Entretanto este grupo começa a ser todo chantageado por um individuo que se autointitula “Rei”. Em vez de os obrigar a assumir responsabilidades e entregar-se à polícia, o “Rei” obriga-os a fazer assaltos e mete-os em mais confusões. O “Rei” acaba, portanto, por ser uma má influencia. Apesar de tudo este grupo nunca tinha tido a tentação de fazer assaltos. Agora ficam com experiência. Embora eles detestem obedecer ao “Rei” e roubar, nunca se conhecerão as consequências desta “experiência” no futuro!

Entretanto Olga (a mãe de Vera, Carlos e Nuno) arranja um novo namorado: Silvestre (Silk) Osório (interpretado por Bernardo Mendonça), cujo trabalho aparentemente é fazer cobranças difíceis. Carlos como sempre faz oposição aos namorados da mãe. E desta vez não é diferente. Mas com o tempo até acaba por dar uma oportunidade a Silk.

Os argumentistas da série empataram esta história tanto! Só perto do último episódio é que se fica a saber que Silk é o “Rei”. Que, entre outros crimes, rouba as mulheres que se apaixonam por ele. Mas isso com Olga não aconteceu ainda.

E que faz Olga? Em vez de o incitar a assumir responsabilidades e entregar-se à polícia, faz o contrário. Perdoa-o porque a faz feliz (?). Quer dizer, eles poderiam continuar a namorar estando Silk na prisão. Mas não, em vez disso vão de férias com o dinheiro de Silk (?) e “foram felizes para sempre ou não”.

12.

(Algumas observações finais)

– Durante a época de aulas existiram dois grupos protagonistas, o “oficial” e o do “Bullying”. Ambos tiveram personagens e momentos interessantes. Eu gosto desta abordagem era um grupo de amigos…

– Durante o tempo de aulas só Vera se movia entre os dois grupos. E grupos extremamente fechados. No Verão quase pareceu que existia apenas UM grupo. Toda a gente podia fazer parte de todos os grupos.

– Foi muito boa a abordagem humanizada àqueles que fazem bullying, feita nesta série.

– MC5 Verão trouxe de volta o domínio dos parzinhos românticos. Aurora e Mário Moreira apaixonaram-se e o espectador tem de achar que isso é coisa boa. Não é preciso muito para perceber que os argumentistas de Morangos com Açúcar preferem sempre os parzinhos: pelos vistos vendem mais.

– Quem diria! Há machismo em todo o lado! E guerra de egos!

– O “final feliz” do MCA5 nunca incluiu uma pessoa assumir responsabilidades e entregar-se à polícia.

  • Cada série de Morangos com Açúcar tem, pelo menos, um mulherengo para amostra. E às vezes até há mais que um.
  • Sara Barradas e Sara Barros Leitão destacaram-se como atrizes.

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Última Actualização: 20/06/2024